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LAURA CONRADO

Biografia

Autora de títulos de sucesso entre as comédias românticas contemporâneas, como a série Freud, Me Tira Dessa!, Quando Saturno Voltar, Na Minha Onda e O dia depois do fora. Ganhadora do prêmio Jovem Brasileiro como destaque na Literatura e do prêmio Destaques Literários, ambos em 2012, pelo voto popular. Participou da antologia Shakespeare e Elas, onde assinou a releitura de Sonhos de Uma Noite de Verão. Mineira de Belo Horizonte, é mestranda em Linguagens pelo POSLING/CEFET-MG, pós-graduada em Educação, Criatividade e Tecnologia, e especialista em estruturação de romances e jornalista. Palestrante e facilitadora de diversos cursos de escrita e capacitação de educadores, com o trabalho noticiado em grandes mídias do país. 

Quando aprendeu a ler, Laura também aprendeu a nomear sentimentos que ela ainda não sabia dar nome. Então, a menina logo soube: seria leitora e escritora. Movida pelo desejo de se conhecer e de conhecer o contexto onde estava inserida, ela passou ler tudo o que havia em sua casa e na biblioteca de sua escola que fosse adequado (ou não) a sua idade. Aos 8 anos, escrevia suas próprias histórias e as colava nas paredes do banheiro de casa em dia de festa, diante do sanitário, na certeza de que “ali, todos iriam lê-las”.

Laura Conrado

Anos mais tarde, depois de ter descobertos vários autores e de ter escrito mais bocado coisa, muito por incentivo de seus pais e professores, Laura fez faculdade de Comunicação Social, já que gostava de escrever. Como jornalista, atuou em televisão, jornal impresso e assessorias, mas sentiu falta de inventar história. Embora já tivesse publicado dois títulos infantis aos vinte e pouco anos (uma vez que era professora voluntária e lidava com crianças à época), Laura foi atrás do seu sonho de infância: ser escritora. Inspirada em uma paixão platônica que sentiu por seu antigo analista aos 23 anos, Laura escreveu Freud, Me Tira Dessa!, que narra a história de Catarina, uma jovem que busca um processo psicoterápico e acaba se apaixonando pelo terapeuta. Com muita dedicação, conseguiu emplacá-lo em uma editora e em abril de 2012, o livro chegou às livrarias. Surpreendendo todas as expectativas, o título esgotou a primeira edição e foi noticiado em diversas mídias, fruto de muito empenho da autora. Assim, começou a ganhar leitores em todo país, ser convidada para eventos e escrever mais livros dedicados ao público jovem. Ganhou dois prêmios, o Jovem Brasileiro e o Destaques Literários, o que a encheram de confiança para seguir adiante.

Em 2013, publicou uma versão adolescente da série Freud, o Só Gosto de Cara Errado, sucesso de vendas e muito adotado em escolas. Em 2014 deu continuidade à série da Catarina com o Freud, Me Segura Nessa! Também assinou a releitura do clássico Sonho de uma noite de verão na antologia Shakespeare e Elas, da Autêntica Editora. Pela Globo Livros, no selo Globo Alt, publicou Quando Saturno voltar (2015) e Na Minha onda (2017), livros muito bem recebidos pelo público e pelos críticos. Entre um livro físico e outro, publicou na plataforma Amazon o conto Bela nada adormecida, uma versão girl power do clássico que logo deve ganhar versão física com mais princesas empoderadas. 

Em 2018, lançou Literalmente Amigas, escrito em parceria com a escritora Marina Carvalho, pela editora Bertrand, e Heroínas, da Galera Record, que também conta textos das autoras Pam Gonçalves e Ray Tavares. No final do ano, lançou E se eu pedir às estrelas? na Amazon, uma história de amor que se passa na época do Natal.

Publicou O dia depois do fora pela Bertrand, em 2019, que já foi adotado em diversas escolas e surpreendeu pela boa aceitação do público, e uma nova edição, ampliada e atualizada de Freud, me tira dessa!, disponível na Amazon.

Em 2020, apresentou aos leitores contos que narram sessões de terapia on-line da Catarina, personagem de Freud, me tira dessa!, publicados em e-books na Amazon. Em 2021, participa da coletânea Amores modernos com quatro colegas autores contemporâneos, a ser publicada em junho, além de outros projetos individuais. 

Laura tem muitas outras histórias sendo escritas, em seu computador e em seu coração, lugar onde ela crê que as histórias são criadas. Ama estar com seus leitores, ter a oportunidade de ir aos eventos falar sobre seus livros e viver a vida contando histórias.

LAURA POR LAURA

Laura Conrado

“Respeito muito minhas lágrimas. Mas ainda mais minha risada.

Inscrevo, assim, minhas palavras, na voz de uma mulher sagrada.”

Canta Caetano Veloso na música Vaca profana, que escuto muito na versão da Gal. Se tem uma coisa hoje que priorizo, é respeitar a minha vontade de chorar e, muito mais, a de rir, dando um jeito de me divertir de novo. Estou cada dia mais presente para o que eu sinto e o que eu quero de verdade.

Todo/a autor/a é muito mais que aquilo que o texto da orelha do livro conta. Toda pessoa é mais do que aquilo que produz, é mais que um institucional. Os livros que publiquei me trouxeram incontáveis leitores, muito queridos, que parecem gostar mais do que as histórias que escrevo. Com base nas reações, comentários e perguntas que recebo, sinto que as pessoas também se interessam por mim, o que é bem lisonjeiro. Então, resolvi me apresentar de forma mais pessoal.

Nasci no dia 26 de agosto de 1984, em Belo Horizonte. Eu amo fazer aniversário e amo ser mineira. Sou fã da música, da cultura, da literatura e do jeito mineiro de ser. Sempre que me bate incerteza ou um baixo astral, escuto Milton Nascimento, um dos meus cantores favoritos, 14 Bis e as músicas do Clube da Esquina. Logo me lembro de quem eu sou e pego meu caminho de volta. Também escuto muito Queen, Beyoncé, Michael Jackson, Maria Bethânia, Gil, Chico, Gonzaguinha e mais uma leva de artistas da MPB, do rock e do pop. (Cês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje??)

Quando criança descobri a ópera na televisão e por um vizinho que era muito conhecedor do gênero, e achei perfeita a mistura de história e música. (Parece que eu nasci com uns 600 anos, né? Mas era bem viva e espontânea, como qualquer criança.) Cismei que seria cantora e compositora de ópera: eu apresentava minhas músicas nas festinhas de aniversário, depois dos parabéns, até hoje me pergunto como eu tinha tanta confiança (ou cara de pau). Nessa época eu descobri o Freddie Mercury, não entendia uma palavra do que ele cantava, mas ainda, sim, fiquei apaixonada. O jeito dele de cantar me emocionava, me dava vontade de chorar, me arrepiava. Passaram-se os anos, ouço Queen quase todo dia e, até hoje, me emociono, mesmo já tendo decorado até a respiração dele nas músicas.

Também criança, comecei a ficar a louca dos livros: ou eu levava ou voltava com um livro emprestado. Eu tinha duas amigas, de famílias próximas, que também gostavam de ler, e a gente dizia umas às outras “eu entrei dentro desse livro” para dizer que o livro era bom. Eu nunca me esqueci disso.

Medito, rezo, escuto mantras e tenho a convicção que somos seres espirituais numa experiência terrena, não o contrário. Minhas convicções espirituais norteiam a minha vida, e sou bem feliz assim, nos meus rolês galácticos, com terapias, curas energéticas e círculos de mulheres que participo há alguns anos como fonte de autoconhecimento, troca, despertar e conexão com o sagrado feminino.

Gosto de viajar, só saio de casa quando o rolê vale a pena e companhia é boa, não tenho ânsia nenhuma de ficar na rua por ficar. Gosto de estar com amigos, ver os jogos do Galo e o cover do Queen, ir ao cinema, ao teatro, ao concerto e à ópera, pegar estrada para ver umas serras…

A-do-ro ver filmes e séries. Jogar tetris me dá uma aliviada na cabeça, assim como fazer as unhas, desenhar mandalas e fazer minhas próprias velas (descoberta recente proporcionada pela quarentena). Passo muito tempo com meu sobrinho Enrico, de 5 anos, o solzinho da nossa família, e sou muito apaixonada por ele.

Eu já nem dizer quais são meus livros favoritos porque inúmeros já me emocionaram, me divertiram e fizeram sentindo em uma determinada época da minha vida. Mas não me esqueço do impacto que as leituras de Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Dostoiévski surtiram em mim, assim como muitos outros, que admiro profundamente. Estou sempre lendo e escrevendo mais de uma coisa ao mesmo tempo e nunca perco o fio da meada, num caos organizado.

Acredito que as histórias são do povo e para o povo. Não colaboro com a ideia de que a literatura pertence ou se destina a um grupo distinto, não acho que o livro deva ser elitizado e que só os mais especiais conseguem escrever. Como pessoa, leitora, escritora e pesquisadora, empenho-me em democratizar a arte e o conhecimento, e liberar preconceitos culturais. Paradoxalmente, eu optei pelo caminho: faculdade, pós, mestrado e planos de um doutorado. Aprender é muito bom, produzir e socializar conhecimento também é muito bom, e eu aprendo, produzo e socializo pra cacete na universidade. Propagar conhecimento em livros, palestras, aulas, vídeos e nas conversas é uma das coisas que eu adoro fazer.

Desconfio de pessoas com vida perfeita, gosto de conhecer gente, mas também adoro manter minhas amizades de sempre. Sou de natureza expansiva, mas também reservada, não me abro com facilidade e preciso passar uns momentos sozinha. Às vezes eu demoro a tomar uma decisão (o que me irrita, estou sempre precisando aumentar meu limiar de paciência comigo mesmo), mas quando resolvo me entrego totalmente e não olho pra trás.

Não bebo café, prefiro frio que calor, detesto ficar com o pé sujo, sou dorminhoca e sei que a minha intuição é melhor que Google Maps. Sinto que a vida pode ser mágica e, talvez por isso, eu veja magia em tudo.

Quando leio, esqueço do mundo a minha volta. Quando escrevo, não suporto barulho para criar um mundo a minha volta.

Escrever é o meu sonho de infância e sou muito grata por vivê-lo!

Uma das minhas palavras favoritas é coragem: coração que age.